ANALYTCS

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Temperança.

O Rio segue seu curso normalmente
Coração embora meio culpado está em paz
Nada sobe,  nada desce e nada se desfaz
Tudo está em seu devido lugar
Quando penso o raciocínio e lógico
Nada espero da vida a não ser viver a própria vida
Escalo montanhas,  desço rochedos,  caminho em planícies
Vejo o sol que brilha sobre minha cabeça
E o chão batido sob meus pés descalços
Procuro não pensar no amanhã afinal ele apenas não existe
Vejo o pássaro tecendo seu ninho
Vejo a mulher que passa carregando um filho nos braços
Vejo o idoso que caminha lentamente  apoiado numa bengala
A vida é assim!  Ela não para a espera do que queremos dela 
Tudo é mutável e implacável
Aquilo que hoje achamos que é certo amanhã não mais poderá ser
Aquilo que está errado pode amanhã se tornar em verdade absoluta
Quem sabe onde irá naufragar um navio ou cair um avião?
Quem sabe o dia da própria morte?
Quem sabe em que lugar do mundo nascerá a próxima vida?
Somos passageiros num trem chamado destino
Onde as estações podem mudar a cada percurso
Onde só temos o bilhete de ida
Pois o de volta o tempo passageiro no Banco atrás de nós já se ocupou de apagar
Onde as escolhas não dependem se nossa vontade,  mas,  da vontade da própria vida em se manter
Somos heróis anónimos que vencemos uma batalha a cada dia
Somos vilões que as vezes nos permitimos abater por coisas tão fúteis
Somos sorrisos e lágrimas
Somos tristeza e alegria
Somos vida é morte
Somos a própria essência de viver.

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Calma,  consciente e centrada.
FOCO!
19:06h
25/09/15

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