ANALYTCS

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Dedicação

Brisa fria que encobre o rosto
Onde o calor de beijos aqueciam
Onde a sobra de duas faces se uniam 
Onde mãos se entrelaçavam
Onde palavras sussurradas surgiam
Timidamente a aurora de sonhos relembra
E corada sua face se torna
No lugar de abraços apertados, está solta
No lugar do calor que envolvia está morna
Lembra a face de amores perdidos
Lembra os sonhos que não foram vividos
Sepultada em lápide de Ouro
Ficou a esperança de uma vida,  tesouro
Na lembrança vivida ao seu lado
Se derrama na cama esquecida
O seu toque que a encandeia
Como lâmpada forte,  fogueira
Hoje é apenas graveto e não queima
Pois seu fogo não mais lhe ateia
Já que hoje a solidão quem reina
Doce moça sente a falta do homem
Que a fez recobrar o juízo
Que lhe fez viver louca em desejo
Despertando o amor e a libido
Na pureza de seus sentimentos
Acreditou que também era querida
Mas a moça que doou seu querer
Sem pedir nada em troca ao seu gesto
Entregou todo seu coração
Sem saber que para ele era resto
Mas no último esforço de vida
Ela mostra a sua verdade
Dedicando-se a outro amor
E enterrando de vez a saudade

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