ANALYTCS

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Absurdamente

Fonte inesgotável que inunda meu ser
Não seca sem a chuva nem morre sem nascente e me alegra o viver
Subitamente inunda meu corpo e preenche a alma de ardor
Causadora de emoções de saudades e dor
Completando o que outrora vazio estava
Acrescentando aquilo que acreditava que jamais se completava
Sorridente ao lembrar sua presença insana
Invadindo os espaços que pertenciam a solidão
Fecho os olhos abro os ouvidos para serenar no canto de pássaros imaginários
A saudade na distância do que não se consegue alcançar
Passos largos caminhada de "adeuses" perdidos no vento
Onde a presença se afasta para não mais retornar
Lado a lado caminha comigo a angústia de dias repetitivos
Diferentes daqueles onde repousavas em meus braços
Das lembranças dos beijos molhados e da volúpia assassina
Que matava meu corpo de cansaco mas que ao final me devolvia à vida
Soluços abafados sobre fronhas segredos ditos sob lençóis
Verdades mentirosas que ao seu tempo pareciam verdadeiras
As promessas de amor eterno que o extase oculto permeava
A cravina de emoções que em meu coração florescia
Como matar uma morte que já está decretada?
Como reviver uma vida que nunca foi vivida?
Como sonhar acordada se a relidade nos mata?
Como soltar a amarra que absurdamente aprisiona?

Virginia Neves
26/08/2015
16:46h