ANALYTCS

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Essa dor

Dor latente
Dor gritante
Dor só de dor
Assim é a dor da deceção
Que dói no peito
Ecoa na alma
Que quase para o coração
É uma dor seca
Que não sai da cabeça
E que alegria destrói
Tento arrancar a dor
Sem cessar pois ela é o clamor
Da angústia que no peito constrói
E me tranco entao no banheiro
Chorar debaixo do chuveiro
Mas a lágrima nunca sai
Essa dor que é sem precedente
Sufoca e pulsa latente
É medo que não se vai
O medo de nunca parar
Essa dor que só faz machucar
Conto as horas e ela não passa
E a dor que precede desgraça
Desgraça de não se doar
Quem inventou essa dor tão forte
Que parece nos levar a morte
E de volta nos traz pra sofrer
É a dor dos poetas que amam
Que em seus versos aos céus clamam
A Deus para essa dor deter
É a dor de um cunho profundo
Que arranca bem lá do fundo
Nossa alma para se manter
Ela dói e dói sem intervalo
Joga todos os sonhos no ralo
Mata todo o nosso querer
E então eu acordo a noite
Quando durmo pois a dor é açoite
Que em seus bracos aprisiona o ser
Ela embarga a garganta num grito
Abafado que sempre é contido
Pois é fel que se deve beber
Me acostumo então com a dor
De uma vida onde só o amor
Pode tão grande dor promover.

02/10/2015
01:49h
Intensa sempre!
E ainda de pé!

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