ANALYTCS

domingo, 6 de fevereiro de 2011

UM OLHAR TACITURNO


Semblante pesado, com fronte enrugada
Onde anda o sorriso que outrora brotava?
Teu rosto moreno que os olhos brilharam
Quem sabe as tristezas com elas levaram


Olhei em teus olhos e tu nem fitava
Aquela que os olhos de ti não tirava
Cabeça pendente, pra baixo tendia
Onde está seu seu sorriso e sua alegria?


Coração sufocado queria um abraço
Mas como se tu de mim desvias o passo?
Sofrendo por dentro consomes tua vida
Não vês que em mim podes ter a saída?


Seu castelo de sonhos ruindo ao passado
Por que tu te lembras de um amor acabado?
Se tenho pra ti um sentimento tão puro
Por que ao meu lado tu sempre tão duro?


Rejeitas o amor que tu buscas no escuro
Levantas no peito contra mim este muro
Até onde você vai sofrer por quem morre
Por que hoje aos meus braços se aninha e corre?


Sim morreu o outro amor! Podes ver?
tu não aceita que tens de esquecer
Esquecer o passado e sonhar com o futuro..
Derruba pra mim vai, esse teu grande muro?


Te juro acendo esse olhar com beijo
Te dar meu carinho, só isso desejo
Espero você como quem espera a vida
Afinal sem você como ela é vivida?


Vegeto ao seu lado esperando um gesto
De resto, só vivo.. o resto? Ah, é o resto!
Pois nada importa se estamos tão longe
Me guardo a tua espera, como um monge


Sedenta da água que brota em teus lábios
Pacientemente espero como os sábios
Não como tu que esperas um fim
Espero você sempre perto de mim


Pois sei que o buscas posso te oferecer
E teu olhar taciturno um dia acender!


Autoria:
Virginia Neves
06/02/11
09:06h

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