ANALYTCS

sábado, 24 de julho de 2010

ALMA DE POETA

NA LUZ DO TEU OLHAR
Buscando na escuridão da noite,
Onde brilhavam estrelas
Encontrava a solidão gritante
Mesmo naquelas mais belas
Onde o frio congelava o corpo
Um coração quebrantado, absorto.
Em saudades de amores não vividos
Em momentos distantes... esquecidos
Onde o tempo parecia parado
Onde o mundo girava apressado
Um solitário vagante
Esperando que em algum passante
Estivesse sua cara metade
Que o amor no seu peito invade
As estrelas luziam vazias
Nenhuma trazia a alegria
Do sorriso que o vagante buscava
Pois aquela a quem ele amava
E que incessantemente almejava
Havia trilhado outros passos
Esquivou-se de entre seus braços
Sua boca outrora molhada
De beijos que ela lhe dava
Agora tão fosca, ressecada.
O brilho que em seus olhos ofuscava
Apagou-se, sem luz, sem nada.
Mas ele ainda tinha esperança
Pois ele a tinha em sua lembrança
No amor depositou confiança
No amor de juras trocadas
Com palavras que se dizem caladas
Na juras que se dizem em silêncio
Esperava ele o amor encontrar
Mas como renascer este brilho
Que só vira na luz do teu olhar?

Virginia Neves
Poema a um amor perdido
06 / Abril / 2010
22:31h

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PÁSSARO SEM NINHO

Me sinto hoje um passarinho
Sem pouso, sem galho, sem ninho
Sem teus braços sou só, sem abrigo
Meu amado, amante, amigo

Sem abrigo da chuva do frio
Quando olho o leito vazio
Que outrora ocupavas comigo
Meu amado, amante, amigo

Sem as juras de amor que me dava
Sem o abraço em que eu me aninhava
Sem teu beijo com gosto de figo
Meu amado, amante, amigo

Sem teu cheiro de loção após barba
Sem você sou um corpo, sem alma, sem nada
Ao teu lado nem sei o que digo
Meu amado, amante, amigo

Mas sem ti sou um navio sem porto
Sem você coração está morto
Pois palpita se estou contigo
Meu amado, amante amigo

Sem você tudo nada em volta importa
Sem você sou uma árvore morta
Estou fraca sem você eu definho
Sou um pássaro sem rumo, sem ninho


Virginia Neves
06/Abril/2010
23:16h

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CORAÇÃO DE PAPEL
 Meu coração inseguro, tal qual coração de papel
Espera encontrar num segundo, o amor que o leve ao céu
Mas se desmonta, desmancha ao ver a esperança acabar
Quando se depara com aquele que o fez sem querer palpitar

Acelera , seu sangue transborda, no peito não pode parar
Mas por que estar nesse ritmo se não pode o amor aflorar
Já que tudo que tinha guardado, não pôde nem acontecer
Se aquele a quem ele almejava, não fazia por merecer

O coração agora decepcionado tentava em vão se curar
Das feridas que o amor lhe fizera, que remédio algum faz sarar
Tantos sonhos deixados de lado, solidão que não quer morrer
Se infiltra em suas veias, intruso, se mescla ao sangue em seu ser

Se desmancha como se fosse molhado
Destruído em mil pedaços... Quem o vê?
Todos passam pisando os restos
Mas ninguém já o quer recolher

Pois quem quer uma coisa sem vida
Que nem se sabe o que pode ser
Se alguém lhe curasse as feridas
Talvez o veria renascer

Mas o coração de papel
Não mais quem vida lhe deu
Pois o amor que nele estava contido
Sem você, se acabou , já morreu!

Virginia Neves
00:07h
06/04/2010

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