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quarta-feira, 16 de março de 2016

Rei ou plebeu?

Então o rei no palácio caminha calmamente.
Em sua caminhada, consigo arrasta multidões
Orgulhosa rainha segue o homem à sua frente
E mal sabe que em seu caminho há tantas desilusões
Seus súditos contemplam a face humana mostrada
Como quem olha um Deus que perfeito em seus corações
Assim vai o rei deixando um rastro de nada
Que dão o mérito devido ao reinado que faz
Mas, quantas súditas tristes o rei tão garboso deixa?
Quantos sonhos de amor no caminho desfaz?
Quantos leitos vazios desse rei há queixa
Teria o rei perfeito os seus pés de barro?
Teria no escuro uma grande alma voraz?
Que mente ou omite provocando mágoas?
Como bem quer atropela a quem bem lhe apraz?
Mas é inútil pedir a esse rei a clemência
Pois em seu coração já não existe mais
Ficou no caminho junto a grande demência
Que existe nos nobres que voltam atrás
E assim ele torna-se como os outros
Buscando prazeres que o levam ao chão
Onde estará o rei que existia outrora?
Que vivia verdades e não tamanha ilusão?
A justiça lhe aparta ficando injusto
E achando que o mundo está em suas mãos
Mas o rei ao acordar sentirá que o plebeu sangra
Com o cárcere sujo que lhe deu solidão
Mas será que o rei voltará a coroa
Que por mérito teve da justiça de Deus?
Seu semblante sincero um dia recobre
Sendo fiel e ainda justo ao servos seus?
A esperança do rei é olhar o futuro
No passado de glórias que um dia viveu
Quando era sincero verdadeiro e justo
Não vivendo apenas com que o mundo lhe deu
Que olhavam suas obras com toda admiração
De todos que o viam um monarca perfeito
Antes do rei se tornar um plebeu como tantos..
Antes que ele pisasse ao caminho amores no peito.
Os seus súditos só querem olhar em seus olhos
E ver a pureza de alma que viam outrora
Onde o amor e a verdade povoavam seus labios
Onde a coroa real não jogara fora.

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