ANALYTCS

domingo, 17 de maio de 2015

ENTRE O CORAÇÃO E A RAZÃO



Levanto minhas barreiras imaginárias diariamente
Criteriosamente seu sorriso as derruba
num vago instante seu olhar planta a semente
Do querer bem em meu coração palpitante
me pergunto qual o certo ou errado
onde neste momento nem eu mesma sei a resposta
Como conter e represar as águas do rio que corre?
Como expulsar de meu peito a falta de quem se gosta?
Dias quentes,  noites frias solitárias
Te imagino...  O que fazes agora?
Será que seu coração está preenchido?
Só sei que o meu te chama e te implora
Vejo certo,  sinto o errado,  meus pés caminham ao contrário
Como esquecer o que não se quer lembrar?
Como dizer sem palavras o que não se quer falar?
Medo do medo que me aprisiona os sentidos
Medo de sofrer sofrimentos já vividos
abandono,  escolhas,  castelos desfeitos
Quando te aproximas me dói mas rejeito
Não quero ilusões quero verdades doídas
Não quero castelos de areia,  quero torres esculpidas
Brigo comigo por nunca dizer aquilo que sabes e insistes em não saber
me sondas me vigias e me buscas eu sei
Mas para que se no futuro não serei quem o terei?
A vida que quero viver ao seu lado
Não cabe triângulo,  quarteto,  quadrados
meu peito só vê como forma uma dupla perfeita
Mas como imperfeitos valores lançados
hoje me tranco em minha prisão de platônicos sonhos
na recordação do amor não vivido
no gosto molhado dos beijos não dados.

Virginia
17/05/15
15:10h

A um amor outrora não vivido





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