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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ESTRADA DESERTA

Estrada deserta


Na estrada deserta do tempo,onde caminhos se cruzam e se despedem

onde pessoas se aproximam e se afastam, onde o sol lentamente dá lugar ao escurecer

Sentimos muitas vezes o peso dessa estrada deserta, onde temos por companhia

apenas o vento frio que corta o rosto... O cheiro da grama verde molhada da chuva

Onde muitos procuram lindos parques, mas onde o maior dos espetáculos se esconde

na verdade no nascer do sol a cada dia.

Onde a selva de pedra esconde pinturas impressionistas, mas onde a maior das obras

de arte é o entrelace dos ninhos dos pássaros, esculpidos fio a fio.

Olho a estrada deserta á minha frente as 6h da manhã

E me imagino caminhando por ela não mais sozinha...

Sinto sua falta nos pequenos detalhes, pequenos gestos

Teto não pensar no amanhã sem esperança...

Mas o barulho oco e vazio do cascavelar das pedras sob meus pés

Me lembram sua ausência de meu coração.

O ônibus vem para e levar e direção ao meu destino e me pergunto:

- Qual será?

Sinto a falta dos sonhos que eu sonhava a dois mas compartilhava apenas comigo mesma

Um imenso abismo nos separa

Como a distância que separa a porte do mar

Onde estará você agora? Em que braços se aninha?

Essa angústia torturante que corrói meu peito.

Novamente um brilho tímido do sol na janela do ônibus me faz retornar a realidade

e a paisagem que está a minha volta.. lindas montanhas verdinhas.

Que me levam a pensar, nas estações do ano

Onde no verão, a relva seca parece morta e sem futuro...

assim como eu agora...

Mas que após a chuva e o orvalho da noite, renasce linda e verde

Para novamente mostrar que, dia após dia...

Existe um novo renascer.

Preciso disso! E sei que vou conseguir sem você!


Virginia Neves - à espera de um novo amanhã
14/10/2012




































































































































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