ANALYTCS

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Recomeçar

Montanhas íngremes eu subi,
Muitas vezes o fôlego perdi
Escalei penhascos que nem eu mesma achava conseguir
Mas ao final da subida encontrei paz

Por todos os momentos que chorei
E até lágrimas de sangue derramei
Fui fraca e depois forte me tornei
Pedindo a Deus passar aquilo nunca mais!

Nas agruras que enfrentei fui fiel
Mesmo bebendo as vezes o cálice do fel
Parando nas veredas colhi o mel
Daqueles que valentes a vida faz

Fui bruta, carinhosa e até felina
Conservando a minh'alma de menina
Enfrentando dia a dia minha sina
Em busca da aura limpa e lilás


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Por tantas coisas passamos, por tantas delas sofremos
caímos e nos levantamos, choramos e as mãos nos demos
tudo na vida passa em camadas
e cada nova história uma camada faz
nos colocamos como folhados da vida
que a a própria vida de camada se desfaz
quantas vezes achi que o choro não acabaria
que minhas lágrimas não secariam jamais
Mas cada sorriso que surge em nosso rosto
É como a esperança que só um coração renovado traz
Me vesti da armadura de um novo tempo
Que o antigo reforça as marcas ainda mais
como lembretes das batalhas já vividas
Como esperança de um tempo melhor a vir
Me levanto e abro os olhos vendo o sol
Que me queima mas mostra que há vida
Mesmo onde a morte me enlaçou como um anzol
Sou esperança, sou início e sou fim
Dos sofrimentos que eu mesma cultivei
Sou mulher que tem marcas que criei
Mas que um apagarei dentro de mim!

Virginia Neves
05/05/2016
16:09h

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